Protesto no Centro chama atenção para crise da saúde em Natal

Geandson Oliveira/DN
Entidades do movimento social e sindical ligados à saúde fizeram nesta sexta um ato público em defesa do Sistema Único de Saúde. A manifestação aconteceu no calçadão da rua João Pessoa e teve como objetivo chamar atenção da sociedade para os problemas enfrentados pela saúde.

``Nós estamos nos contrapondo ao processo de privatização do SUS, que é um sistema viável. Mas quando os recursos não são investidos na saúde pública, os governantes desviam. O serviço público só deve contratar o privado eventualmente, não pode ser dependente dele. Caso contrário, ele vai impor as regras e seus preços e o setor público fica refém'', afirmou a presidente do Sinsenat, Soraya Godeiro.

Ela também defende que o setor público receba investimento para a criação de uma rede própria. ``É preciso criar hospitais municipais, adquirir equipamentos, e entre outras coisas realizar concurso público. Há 12 anos que isso não é feito e, a medida do tempo, os servidores foram se aposentando e não houve essa renovação no quadro. É preciso entender que a cidade cresceu e mudou nesses 12 anos e o número de servidores não. As demandas da saúde estão aumentando a cada dia e temos muitas reas descobertas. Dessa forma, não tem como o SUS funcionar. É preciso uma inversão de prioridade'', declarou.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Junior falou da importância do ato público para ajudar a resolver a crise na saúde. ``Acho que esse tipo de manifestação já deveria ter sido feita antes, e com certeza já teria ajudado a melhorar a situação da saúde. É importante para envolver a população nessa realidade. Outra coisa que acho importante é movimentar esses debates, que estão mornos demais. É preciso ser mais ofensivo. Se a gente não expor as víceras, essa situação não vai se resolver'', declarou.

Ainda de acordo com Junior, o estado e o Município erraram ao ter decretado estado de calamidade pública na saúde. ``Eles deveriam ter feito um diagnóstico para ver a necessidade de profissionais. Depois deveriam ter feito uma contratação temporária, e nesse período providenciar concurso público'', afirmou.

Seguindo a mesma linha de pensamento, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marcelo Medeiros afirmou que até agora nada foi feito de concreto, depois dos decretos de calamidade. ``O Município não está assumindo sua responsabilidade, no que se refere à realização das cirurgias eletivas'', afirmou Marcelo que continuou: ``A sociedade precisa tomar conhecimento da crise e reclamar mais, numa tentativa de melhorar a situação. Na hora do serviço mal prestado, é a população que sofre'', disse.

O presidente da Federação Nacional dos Servidores da Seguridade Social (Fenasps), Francismar Maia, disse que a melhoria do atendimento na saúde se dá com a participação da sociedade civil organizada. ``É preciso que a sociedade exija que esses recursos sejam destinados à saúde pública e não às clínicas e hospitais privados e cooperativas. A sociedade tem que participar mais, afinal a saúde é um direito universal'', declarou.

Fonte: DN Online

Comentários

Anônimo disse…
valeu direção do Sinsenat. Gostaria de saber se vcs vão fazer algum ato em otros lugares por exemplo aqui na zona norte que so e NATAL em epoca de eleições.

Um abraço e aguardo resposta no nosso blog.

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